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A Telema é composta por duas unidades em Minas Gerais. A unidade urbana se localiza no bairro Estoril em Belo Horizonte e a unidade rural no distrito de São Gonçalo do Bação, em Itabirito. Ambas unidades foram desenhadas para oferecer aos seus visitantes e clientes uma série de soluções sustentáveis e permaculturais. Estas soluções estão em forma de produtos, serviços, cursos e vivências que buscam suprir as demandas por qualidade de vida, alimentação e práticas saudáveis, além de sistemas tecnológicos e técnicas construtivas e que promovem o uso inteligente de energia e água. Ambas as unidades estão em processo de construção e sua evolução pode ser acompanhada on line ou presencialmente.
Thelema é uma filosofia-religiosa baseada em um postulado de mesmo nome, adotado como princípio fundamental por algumas organizações ocultistas, desenvolvidas no início de 1900 por Aleister Crowley, um escritor inglês e mago cerimonial. A lei de Thelema é “Fazes o que tu queres, há de ser o todo da Lei. O amor é a lei, amor sob vontade.” Em grego, a palavra Thelema significa vontade.
Thelema era o nome de uma fazenda localizada no distrito de São Gonçalo do Bação, em Itabirito-MG, e que pertencia ao inesquecível José Nogueira Starling (1930-2007), também conhecido como “Professor”, ou “Zé Starling”, ou simplesmente “Tio José”. Ele sempre foi um sábio. Não só pela bagagem cultural que assimilou em seus anos de Caraça, França e como professor e autor de livros na UFMG, mas principalmente pelo jeito como levou a vida, tratou as pessoas e espalhou energia boa por onde passou. Em sua Thelema, todos podiam fazer o que tivessem vontade. Esta vontade, pode ser entendida como o nosso propósito ou missão divina nesta vida. Ao descobrirmos qual é, devemos viver para ela, pois ela será a nossa lei.
Não é por acaso que na logomarca da Telema estão inseridos a rosa dos ventos e o timão de um navio. A rosa dos ventos simboliza a busca por uma direção que queremos para nossa vida e o nosso planeta, e o timão simboliza a vontade de rumarmos nesta direção.
Todos os produtos e serviços que respeitarem este tripé serão muito bem vindos a fazerem parte do portfólio da Telema. Abaixo, citamos os princípios que nos guiam em cada uma destas bases do nosso tripé.
A Permacultura é uma metodologia de design para projetar e manter espaços humanos, ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis. O foco é ajudar o ser humano a fazer uma leitura do espaço onde ele pretende viver, e a partir daí, interagir com o seu terreno de forma harmônica e sustentável, respeitando-se as suas particularidades e se beneficiando delas, e principalmente, fechando-se os ciclos energéticos dentro do espaço. Na Permacultura, devemos planejar para que cada insumo venha de mais de uma fonte, e cada elemento tenha mais de uma função. Para exemplificar este conceito, vamos citar o insumo água e o elemento telhado:
A água que precisamos para viver pode vir de várias fontes, além da concessionária de água, podemos citar a coleta da água de chuva, os cursos de água que estiverem disponíveis (córregos, cisternas e poços) e o reaproveitamento de uma água já utilizada.
O telhado não precisa se limitar a proteger contra as intempéries. Ele pode também servir como captador de água de chuva, base para um jardim ou horta suspensa, ou ainda apoio para sistemas de aquecimento solar e geração de energia fotovoltaica.
Seguindo estes conceitos, a gente pode se tornar um agente de transformação positiva do meio ambiente.
A ética da Permacultura se baseia no seguinte tripé:
O ser humano é um dos maiores agentes de transformação do nosso mundo. Inicialmente, a nossa espécie (Homo Sapiens) vivia como todas as outras do nosso planeta, ou seja, sobrevivíamos coletando vegetais que encontrávamos na natureza e caçando outras espécies de animais.
Depois, com a domesticação dos animais, domínio do fogo e de técnicas de agricultura, nós deixamos de ser nômandes, e nos tornarmos os maiores agentes transformadores dos locais onde nos fixamos para viver.
Cabe a nós escolher que tipo de transformação queremos fazer.
Grande parte dos humanos transforma o mundo para pior, gerando muitos resíduos e explorando os recursos sem reposição. Mas existe outra parte da população mundial que já percebeu que pode fazer uma transformação positiva, ou seja, buscam um estilo de vida que os possibilitem, ao morrer, deixar um planeta melhor do que quando o nascemos. E isto é o que entendemos como sustentabilidade.
Ser sustentável não significa abrir mão de conforto, proteção e prazeres, e sim, buscar atender todas estas nossas necessidades, sem que para isso precisemos piorar as condições do planeta e das outras pessoas.
Ser sustentável é entender que não temos o poder de destruir nosso planeta. O que podemos destruir são as condições de sobrevivência de nossa espécie neste planeta. Se fizermos isso, os homo-sapiens serão extintos, mas a Terra continuará aqui e se recuperará para abrigar outras espécies. Por isso ser sustentável é viver tomando atitudes sintrópicas e não entrópicas, e com isso, o nosso saldo será sempre positivo com o planeta, melhorando sempre as nossas condições de vida aqui.
Muitas pessoas culpam o capitalismo pelos problemas que a humanidade enfrenta atualmente, tais como pobreza, destruição ambiental, violência, baixa qualidade de vida, etc. No nosso entendimento, o problema não é o capitalismo em si, e sim o capitalismo selvagem que impera em grande parte das instituições.
Somos contra o modelo de capitalismo agressivo, onde para um crescer o outro tem que cair, onde vale tudo para prosperar e onde o que interessa são apenas os interesses do investidor e do cliente. Para nós, este modelo não é sustentável, e é o responsável por muitos dos males da humanidade.
O modelo no qual acreditamos é o modelo do Capitalismo Consciente, que foi muito bem descrito por John Mackey (Fundador da rede de alimentos orgânicos Whole Foods Market) em seu livro “Capitalismo Consciente”. No livro, entre outras coisas, o autor defende que o modelo de negócios deve buscar satisfazer não só os investidores e clientes, mas também todas as outras partes envolvidas. No conceito do Capitalismo Consciente, as partes envolvidas são: